Nos últimos dois anos a psicóloga Betânia Tanure realizou uma pesquisa com mais de 1000 executivos avaliando o índice de satisfação desses profissionais com o trabalho, e descobriu 84% de executivos infelizes.
A pesquisadora analisou a relação dos executivos com seus pares, chefes e subordinados, o nível de cobrança, os sistemas de recompensa, a relação com os familiares e parceiros amorosos, a qualidade da alimentação e da saúde, insônia, consumo de bebida alcoólica, entre outros, indicando que esta não foi uma pesquisa simples.
A pesquisadora analisou a relação dos executivos com seus pares, chefes e subordinados, o nível de cobrança, os sistemas de recompensa, a relação com os familiares e parceiros amorosos, a qualidade da alimentação e da saúde, insônia, consumo de bebida alcoólica, entre outros, indicando que esta não foi uma pesquisa simples.
Foram causas apontadas para a infelicidade: competição no mundo corporativo brasileiro, ambiente de desconfiança oriundo da disputa, impactos causados pela globalização, os vários chefes que pedem coisas diferentes e a qualquer hora, e a tensão brutal.
Tanure revelou que muitos executivos choraram durante a entrevista, expondo suas angústias, insatisfações, problemas familiares, de saúde e a impossibilidade de demonstrarem fraqueza. As entrevistas acabaram se convertendo, segundo a psicóloga, em verdadeiras sessões terapêuticas, e em muitos casos a conversa teve que ser retomada.
Outro aspecto interessante levantado pela pesquisadora diz respeito às executivas: o preconceito contra as mulheres ainda existe e a desigualdade entre os sexos aumenta proporcionalmente ao nível hierárquico.
Sobre o RH, Tanure observou que muitas empresas brasileiras não percebem a importância das pessoas para o sucesso dos negócios. Apesar de todas discursarem sobre a valorização de seus profissionais, na prática isso não acontece.
Veja os números da pesquisa:
84% de executivos infelizes no trabalho.
76% acessam e-mail profissional fora do horário de trabalho.
58% acreditam que o cônjuge está insatisfeito com seu excessivo ritmo de trabalho.
54% estão insatisfeitos com o tempo que dedicam para a vida pessoal.
35% identificam problemas com o superior imediato como a crise mais marcante de sua vida .
39% identificaram a morte de um membro da família como a crise mais marcante de sua vida.
Betânia Tanure apontou uma diferença sutil entre felicidade e prazer no trabalho: apesar de apaixonados pelo que fazem, o ambiente hostil não permite que o executivos encontrem a felicidade.
Clique aqui para ver a reportagem sobre esta pesquisa publicada na revista Época Negócios, e aqui para ouvir o podcast sobre a matéria.
O que penso sobre o assunto? Devemos buscar o equilíbrio, harmonizando vida pessoal e profissional. De nada vale uma carreira de sucesso se nossa vida pessoal e psíquica está esfacelada.
Imagem: Getty Images
2 comentários:
Oi, Daniela!
Quanto ao post, digo que ainda não sou feliz no meu emprego atual, mas isso não me atrapalha, pois me considero uma pessoa muito feliz pessoal e socialmente.
Belo post!
Abraço!
Isso gera um livro ( de assunto...)
Bom tocar no assunto. :-)
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