18 de agosto de 2007

CANDITADO REPROVADO

Uma das atividades que mais aprecio no exercício de minha profissão é a realização de processos seletivos. Julgo a seleção uma excelente oportunidade para que os participantes (candidatos, selecionadores e observadores) aprendam de forma colaborativa. As várias alternativas para seleção, somadas à diversidade das pessoas, não permite que saiamos de um processo da mesma forma como entramos.

O processo seletivo nada mais é que a escolha do melhor candidato para uma determinada oportunidade, e o melhor candidato é aquele que apresenta as competências indispensáveis para o cargo pleiteado; é o candidato que possui os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias (nada mais que nosso bom e velho CHA).

No decorrer do processo seletivo é preciso eliminar os candidatos que não apresentam o perfil desejado para a vaga, e nos meus anos de profissão já presenciei reações de todos os tipos ao informar uma reprovação: choro, riso, silêncio, ironia, agressividade, apatia, etc. Vários foram os comportamentos observados, mas ontem uma candidata me surpreendeu.

Muito nova e ainda inexperiente, ao tomar conhecimento de sua reprovação para a segunda etapa do processo falou: “Daniela, obrigada pela oportunidade! Aproveitando, você pode me dizer quais aspectos eu posso melhorar para as próximas seleções que eu participar?”. Nova, inexperiente, mas não despreparada!

É bastante comum o candidato questionar os motivos de sua reprovação, mas são poucos, muito poucos, os que manifestam interesse naquilo que pode ser aprimorado para melhorar o desempenho futuro.

Ninguém fica feliz com um retorno negativo, mas todos nós devemos estar preparados para ele. Controlar a ansiedade, manter a tranqüilidade e buscar informações que possam contribuir com nosso crescimento é uma atitude madura quando nos deparamos com um “não”.

Sempre que possível peça um feedback ao entrevistador/selecionador. Sem dúvida ele lhe fornecerá informações bastante úteis para que você aprimore comportamentos e invista em cursos, por exemplo.

Sei que não e fácil, mas tente aproveitar o momento de uma desclassificação para reavaliar suas atitudes e competências, tendo em vista as demandas do mercado e principalmente da empresa que você escolheu para trabalhar.


Imagem: Getty Images

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