O exemplar de junho/07 da revista Tam Magazine, uma publicação da Spring Comunicações do Brasil para a Tam Linhas Aéreas, trouxe uma entrevista com Gilberto Guimarães, professor e consultor da FGV, que falou sobre as modificações no mercado de trabalho e da abertura de espaço para um novo tipo de profissional: o trabalhador do conhecimento.
Segue abaixo um resumo da entrevista.
>>>Principais mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos.
Segue abaixo um resumo da entrevista.
>>>Principais mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos.
Segundo Guimarães é possível notar uma profunda transformação no mercado de um modo geral, e também na economia das empresas, o que levou ao esgotamento do mercado consumidor. Daí a globalização: com um mercado esgotado busca-se consumidor na nação vizinha. A produtividade do trabalhador passou a ser medida pelo seu conhecimento, e não mais pela velocidade do seu trabalho. “No mundo atual o trabalhador do conhecimento sabe mais que seu chefe.” Neste ponto da entrevista Guimarães comentou sobre o Universo da Sociedade do Conhecimento, imaginado por Peter Drucker.
>>>Vantagens e desvantagens das mudanças para o trabalhador.
Guimarães ilustrou sua fala com um modelo piramidal, dividido em três partes: na base os trabalhadores sem especialização, que vendem sua força física e precisam estar presentes no trabalho (estes estão em desvantagem). No centro da pirâmide os profissionais especializados, mas que não apresentam atribuições para gestão (estes possuem melhor qualidade de vida, pois não precisam estar na empresa). E no topo estão os especialistas que possuem as características necessárias para assumirem uma liderança.
>>>Características profissionais valorizadas atualmente.
Especialização, autoconhecimento, autocontrole, empatia, coragem para decidir, influência, e antecipação aos movimentos do mercado.
>>>Emprego seguro.
O empregado tem que buscar empregabilidade por conta própria; o quanto ele vale para a empresa.
>>>Modelo para o Brasil.
Modelo americano, no qual o contrato dispensa a carteira de trabalho, com flexibilização da legislação. Criada pra proteger o trabalhador da indústria, nossa CLT é ultrapassada para a era do conhecimento.
>>>Panorama do mercado para as próximas décadas.
O trabalhador se preocupará em vender sua competência, e não com a perenidade do trabalho. Teremos uma legião de prestadores de serviços, craques em suas especialidades, e estas serão colocadas à disposição de projetos e organizações. A não-presença profissional será muito forte. A mudança na estrutura educacional será necessária, pois a estrutura atual é idêntica às indústrias: inflexíveis com relação a horário e descanso intermediário.
“O líder do futuro não dará ordens. Pedirá colaboração.”
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